A Glória dos Traidores é certamente a par com o
primeiro livro, versão Portuguesa, o que mais nos prende, o que não quer
necessariamente dizer que esteja num patamar superior aos outros, mas apenas
onde a ação é mais proeminente.
Decidi fazer a crítica conjunta destes dois
volumes, uma vez que fiquei tão embebido pela ação que nem tive tempo para
parar e escrever sobre tantos e tão diversos acontecimentos.
Estes dois livros são bem diferentes em todos os
sentidos, exceto na qualidade que é em ambos os casos muito elevada. A Glória
dos Traidores é pura ação, excelentemente bem narrada. Quando leio a descrição
das batalhas, imagino-me também vestido de couro fervido e cota de malha,
acompanhado pelo escudo e espada.
A Tormenta das Espadas é um livro marcadamente politica
onde as personagens se movem como se estivessem num tabuleiro de xadrez. São
introduzidas novas personagens e novos cenários de guerra a sul, enquanto a
norte reina o caos e assiste-se à quase extinção da linhagem dos Stark. O desenrolar
do destino dos Stark é tão realista, uma família com um sentido ético irreparável,
que se vê destroçada e é constantemente alvo da fúria dos Lannister, no
entanto, é fantástico perceber que o que faz com que se vejam irremediavelmente
fruto dos ataques dos seus inimigos é o fato de terem valores e respeitarem as
regras e serem por estes reconhecidos como íntegros, o que faz com que sejam
frios. Eu diria que tal como no enredo de George Martin, também nos nossos dias
uma família assim se veria irremediavelmente afastada dos jogos de poder e
seria alvo de ataques constantes.
Aguardo agora com espectativa o que nos reserva o autor com
a introdução dos Homens de Ferro, que escolheram Euron Greyjoy como seu novo
rei na assembleia de homens livres.
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