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Um dragão confuso que encontrou o hobbie perfeito, a agricultura.

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Paixão Adormecida

Desde cedo que sou um apaixonado pelo futebol, aliás mais do que paixão é mesmo amor pela "bola". Fui praticante filiado durante muitos anos (18 anos), e de forma descontraída toda a vida. Principalmente depois dos trinta, altura em que parece que somos uns craques, mas é só em pensamento, porque as pernas já não reagem à velocidade da "mente" e é vermo-nos a achar que se calhar até podíamos ter sido grandes jogadores (passei ao lado de uma grande carreira)… É de gritos ... lol
Gosto do porto, mas acima de tudo gosto de futebol e como tal não gosto nada deste Porto que é atualmente liderado (treinador) por um conterrâneo meu. Já tive a oportunidade de ver alguns jogos ao vivo e outros pela televisão. Ao vivo é ainda mais preocupante a falta de alegria, e para uma equipa cujo treinador define como uma equipe de posse de bola, é surreal verificar que o Porto raramente consegue fazer três passes seguidos entre os seus jogadores, mesmo com equipas muito abaixo das capacidades e poderio do FC Porto.
O mais grave de tudo é que ouço falar em tantos milhões e depois não aguentam com as críticas, parecendo meninos mimados. Percebo perfeitamente que a indústria do futebol tenha crescido, mas não compreendo a inflação incompreensível a que se assiste, nomeadamente no que se refere ao passe de jogadores, ordenados principescos e envolvência de novos “players” (russos e árabes) através das suas fortunas, com origens mais do que duvidosas.
Não compreendo nem aceito que se fale em adaptação e paciência, em jogadores que ganham largos milhares de euros, e se tentem arranjar as mais impensáveis razões. É óbvio que existem fatores que contribuem para uma afirmação mais rápida ou para uma não confirmação do potencial de um jogador, uma vez que estamos a falar de seres humanos e não de máquinas.
Sou defensor de um mercado aberto em que haja flutuação salarial, porque nem todos valemos o mesmo e há uns melhores do que outros, mas isso não nos dá o direito de desistirmos nas nossas responsabilidades. Naturalmente os que ganham mais têm de provar que o merecem, não apenas num jogo, mas em todos, aceitando naturalmente, as devidas flutuações que ocorram durante uma época de futebol.
É frequente assistirmos a casos em que os jogadores assinam contratos milionários por vários anos e acabam por ter enorme sucesso não só desportivo, mas também financeiro através do merchandising e de uma futura transferência. Felizmente no meu clube esta situação é frequente, mas … Nesta altura é frequente surgirem notícias de gratificações aos dirigentes e empresários pelos bons serviços prestados, assistindo-se maior parte das vezes ao esvaziar do potencial da equipa e do dinheiro dos cofres do clube e consequentemente do bolso dos sócios. Mais uma vez compreendo perfeitamente que é necessário premiar quem tem mérito, mas há limites para tudo.
Agora os casos com os quais ninguém sabe lidar e ninguém quer falar, primeiro os jogadores, é frequente um jogador assinar um contrato de longa duração e passados 4,5 meses estar a fazer pressão para um novo contrato, porque a época está a correr bem. Aceito e acho natural lutarmos por melhores condições, mas não entendo jogadores que arranjo de forma pouco ético estratégias manhosas para trocar de clube, entrando em rotura com adeptos e clube. Até porque regra geral, se o sucesso não acontece-se os jogadores exigiriam os seus contratos até ao fim, como lhes era devido e nestes casos tantos adeptos como clube sairiam duplamente castigados.
Agora os dirigentes, que me alguns clubes ganham muito bem, aliás em alguns casos até demais para a utilidade que tem para clubes. Levaram-me a crer e continuam a tentar fazer-me acreditar, que geralmente os trabalhos são melhor remunerados, por causa do seu risco ou pela dificuldade da sua execução. Não poderia estar mais de acordo, mas e agora pergunto: O que acontece aos dirigentes que tomam más decisões, por exemplo quando contratam jogadores por quantias proibitivas e estas não se confirmam como mais-valias, já sei que em caso de sucesso terão direito a um prémio e em caso de insucesso, pergunto inocentemente? Já sei, não é só no futebol, a pergunta devia ser mais ambiciosa e devia incluir outras áreas …
Concluindo estes meus desvarios e breves reflexões, que futuro nos reserva o desporto rei? Vejo imensas pessoas como eu a desligarem-se completamente. Quem não quer ver é frequente dizer que é por causa da crise.

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