Desde cedo que sou um apaixonado pelo futebol,
aliás mais do que paixão é mesmo amor pela "bola". Fui praticante
filiado durante muitos anos (18 anos), e de forma descontraída toda a vida.
Principalmente depois dos trinta, altura em que parece que somos uns craques,
mas é só em pensamento, porque as pernas já não reagem à velocidade da "mente"
e é vermo-nos a achar que se calhar até podíamos ter sido grandes jogadores (passei ao lado de uma grande carreira)… É de
gritos ... lol
Gosto do porto, mas acima de tudo gosto de
futebol e como tal não gosto nada deste Porto que é atualmente liderado
(treinador) por um conterrâneo meu. Já tive a oportunidade de ver alguns jogos
ao vivo e outros pela televisão. Ao vivo é ainda mais preocupante a falta de
alegria, e para uma equipa cujo treinador define como uma equipe de posse de
bola, é surreal verificar que o Porto raramente consegue fazer três passes
seguidos entre os seus jogadores, mesmo com equipas muito abaixo das capacidades
e poderio do FC Porto.
O mais grave de tudo é que ouço falar em tantos
milhões e depois não aguentam com as críticas, parecendo meninos mimados.
Percebo perfeitamente que a indústria do futebol tenha crescido, mas não
compreendo a inflação incompreensível a que se assiste, nomeadamente no que se
refere ao passe de jogadores, ordenados principescos e envolvência de novos “players”
(russos e árabes) através das suas fortunas, com origens mais do que duvidosas.
Não compreendo nem aceito que se fale em
adaptação e paciência, em jogadores que ganham largos milhares de euros, e se
tentem arranjar as mais impensáveis razões. É óbvio que existem fatores que
contribuem para uma afirmação mais rápida ou para uma não confirmação do potencial
de um jogador, uma vez que estamos a falar de seres humanos e não de máquinas.
Sou defensor de um mercado aberto em que haja
flutuação salarial, porque nem todos valemos o mesmo e há uns melhores do que
outros, mas isso não nos dá o direito de desistirmos nas nossas
responsabilidades. Naturalmente os que ganham mais têm de provar que o merecem,
não apenas num jogo, mas em todos, aceitando naturalmente, as devidas
flutuações que ocorram durante uma época de futebol.
É frequente assistirmos a casos em que os
jogadores assinam contratos milionários por vários anos e acabam por ter enorme
sucesso não só desportivo, mas também financeiro através do merchandising e de
uma futura transferência. Felizmente no meu clube esta situação é frequente,
mas … Nesta altura é frequente surgirem notícias de gratificações aos
dirigentes e empresários pelos bons serviços prestados, assistindo-se maior
parte das vezes ao esvaziar do potencial da equipa e do dinheiro dos cofres do
clube e consequentemente do bolso dos sócios. Mais uma vez compreendo
perfeitamente que é necessário premiar quem tem mérito, mas há limites para
tudo.
Agora os casos com os quais ninguém sabe lidar e
ninguém quer falar, primeiro os jogadores, é frequente um jogador assinar um
contrato de longa duração e passados 4,5 meses estar a fazer pressão para um
novo contrato, porque a época está a correr bem. Aceito e acho natural lutarmos
por melhores condições, mas não entendo jogadores que arranjo de forma pouco
ético estratégias manhosas para trocar de clube, entrando em rotura com adeptos
e clube. Até porque regra geral, se o sucesso não acontece-se os jogadores
exigiriam os seus contratos até ao fim, como lhes era devido e nestes casos
tantos adeptos como clube sairiam duplamente castigados.
Agora os dirigentes, que me alguns clubes ganham
muito bem, aliás em alguns casos até demais para a utilidade que tem para
clubes. Levaram-me a crer e continuam a tentar fazer-me acreditar, que
geralmente os trabalhos são melhor remunerados, por causa do seu risco ou pela
dificuldade da sua execução. Não poderia estar mais de acordo, mas e agora
pergunto: O que acontece aos dirigentes que tomam más decisões, por exemplo
quando contratam jogadores por quantias proibitivas e estas não se confirmam
como mais-valias, já sei que em caso de sucesso terão direito a um prémio e em
caso de insucesso, pergunto inocentemente? Já sei, não é só no futebol, a pergunta
devia ser mais ambiciosa e devia incluir outras áreas …
Concluindo estes meus desvarios e breves reflexões, que futuro nos reserva o
desporto rei? Vejo imensas pessoas como eu a desligarem-se completamente. Quem
não quer ver é frequente dizer que é por causa da crise.
0 comentários:
Enviar um comentário