Bem, é com imensas dificuldades e
com assinalável lentidão que escrevo hoje, para transmitir o bem-estar que
atingi depois de um fim de semana a cortar a relva, rachar lenha e a arrumá-la
nos arrumos, claro está com a ajuda do meu filho (quase 5 anos).
Um dia simplesmente fantástico,
mas começando pelo inicio.
Comecei o dia com uma cama cheia:
esposa, eu e os meus filhotes, não há melhor maneira de acordar.
Depois de nos prepararmos para
sair, a minha esposa foi para a piscina com a filhota e eu fui trabalhar com o
filhote.
Como quase todos os sábados de
manhã, fomos às compras. Desta vez fomos comprar cimento, o filhote adora por
causa do empilhador que traz os sacos e do processo de carga na carrinha,
embora acompanhe sempre o processo à distância.
- Filho, tens medo? - Pergunto-lhe
eu.
- Não!! - Filhote
Depois de carregar o
cimento lá fomos nós descarregar no estabelecimento. Enquanto eu e o empregado
descarregamos o cimento, saco a saco, ele fica admirado a ver, e sempre a
perguntar se pode ajudar.
- Já está pai? Temos de ir cortar
a relva! - pergunta o filhote impaciente
- Vamos agora filho - responde
eu.
Chegados a casa, lá vai ele
direto ao arrumos para buscar as máquinas e ferramentas para cortar a relva.
Convém referir que o filhote aguentou o tempo todo, ajudou-me a cortar a relva
até ao fim, sempre a "empurrar" a máquina. Como a extensão é grande,
tivemos de fazer uma pausa para o almoço. Para surpresa minha a refeição foi
breve, geralmente costuma demorar imenso a comer, mas não desta vez e mal
acabamos.
- Pai, temos de ir acabar de
cortar a relva! - Diz impacientemente
- Ok filho, vamos lá! - Respondo
eu.
Como é óbvio, custou-me mais e
ficou mais demorado, mas a satisfação foi exponenciada.
- E agora pai? - Pergunta o
filhote.
Lá me lembrei de que à uns
tempos, a minha avó tinha feito obras numa casa e retirou o soalho e toda a
madeira e tinha colocado num terreno perto de minha casa. Então lembrei-me...
- Filho, queres ajudar o pai a
cortar lenha! - Pergunto eu desconfiado
- Simmmmmm! Vamos, vamos!!! - Responde
com alegria
- Então vamos a casa da avó
buscar o machado? - Digo eu ainda com esperança que mudasse de ideia
- Vamos!!! - Diz-me ele radiante.
Pronto nada a fazer! Teve mesmo
de ser.
Três machadadas e nada. Pensei,
isto vai ser mais difícil do que pensei. Machadada após machada lá fui ganhando
o jeito e lá foram 8 horas de um fim de semana a cortar lenha com o machado e
carregá-la com o carro de mão, sempre com o filhote em cima do carro de mão.
Enquanto ia cortando a lenha, o filhote foi-se entretendo a explorar o terreno.
- Filho que estás a fazer?? - Pergunto
eu curioso, depois de o ver a levar a lenha que tinha cortado.
- Vou fazer uma casa da árvore. -
diz ele todo entusiasmado.
- lol - Não consegui deixar de
rir - Boa filho, faz uma grande para ti e para a mana, mas depois arruma
novamente a lenha.
Foi assim a tarde de sábado e a
de domingo, sempre com boa disposição e vontade de ajudar, nem sempre da melhor
forma, mas sempre com a melhor das intenções.
Mas que remédio, maravilhoso para
o stress! O único problema foram as bolhas que me impedem de escrever mais
depressa. Fiquei com 6 bolhas, com péssimo aspeto, mas valeu a pena e começo a
semana com a "cabeça" muito mais leve e com mais energia.
nem todos os miúdos são da geração PSP, felizmente. certamente o teu filho irá recordar estes momentos passados a 2 como tempo de qualidade - e sabemos bem que é tão mais fácil deixá-los à frente da televisão, não é?
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