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Um dragão confuso que encontrou o hobbie perfeito, a agricultura.

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Lenhador/Jardineiro

Este fim de semana foi dedicado à jardinagem!  Mais uma vez com o meu ajudante!

Começamos bem cedo no sábado, primeiro começamos novamente pela lenha, mas agora foi bem mais difícil, porque tivemos de lidar com traves de madeira bastante grossas. 

Toca a ir buscar as ferramentas: moto serra, machada (kg); machadinha (filhote), serrote, extensão, carro de mão. Com tudo a postos, lá fomos nós.

Primeiro contratempo, a extensão não funciona. Toca a ir buscar o busca-pólos, depois de desmanchar a ficha fêmea, vi que um dos fios de ligação tinha-se soltado, voltei a colocá-lo no sítio, a apertar a ficha e voilá, no entretanto entre casa e a nossa oficina improvisada são cerca de 200 metros, o que pode não parecer, mas vai tornar-se importante, pelo menos futuramente na nossa condição física, hihi

Agora finalmente, já podemos montar um "banco" improvisado para colocar as traves de forma a contar a lenha. Toca a pegar na primeira trave, colocá-la no "banco" improvisado, ligar a moto-serra à corrente e já está. brommmrbromom (Isto vai ser um mimo pensei eu).
Pois! Pois! A trave é tão dura que a moto-serra só consegue fazer “cociguinhas” na trave, logo pensei não pode ser, devo ter-me enganado em alguma coisa, até porque é a primeira vez que trabalho com uma motoserra.

- Ó Papa tens de carregar com mais força! - Diz o único ser inteligente presente no nosso ambiente de trabalho.
- Nahhhhh! - Digo mostrando segurança, de quem parece que sabe o que diz - Não pode ser filho senão depois a máquina avaria.
- Então olha, vais ter de cortar com o machado! - Conclui-o brilhantemente o filhote.
Lá refleti, e voltei a refletir, e decidi dar uma oportunidade ao puto. - Filho se calhar és capaz de ter razão, vou fazer mais força!
- Eu disse-te papa! - Diz todo contente.
Dito e feito, ligo a motoserra e começo a fazer mais força e claro está, como tinha sugerido o iluminado do meu filho, a madeira começou a ceder, ao contrário do retrogrado do pai, que não percebe nada de madeira.

Bem a madeira começou a ceder um bocado, mas a coisa não estava a ter muito sucesso, vai daí carrega com mais força, quando comecei a ver a motoserra a deitar fumo, percebi que estava no "rumo" certo, mas a madeira achava que não e apenas consegui cortar pouco mais do que 2 cm em toda a volta da trave.
- Ó papa isso não parte, hihihihi - goza o iluminado.
Pego no serrote e lá consegui mais 2 cm a toda a volta e nisto já ia numa hora de trabalho, até que me chateei e peguei no machado e foi à antiga.
- Tu conseguiste partir! - Diz o filhote
- Claro filho, sabes que o papa come muitas couves! - Digo orgulhosamente com duas novas bolhas, por dentro das luvas. Sim porque desta vez levamos luvas e mesmo assim...
Mas o que eu pensei olhando para todas as traves que faltavam foi, ou arranjo um método melhor ou só daqui a dois invernos é que acabo de cortar toda a lenha.
Volta para a motoserra, lá consegui tomar-lhe o jeito e consegui cortar umas quantas traves, mas sempre desconfiado devido ao enorme fumo que ela ia fazendo.
Diz o mais sábio: - Isso é normal papa, mete óleo.
Lá fui colocando e cortando e fazendo uma imensa nuvem de fumo, mas com sucesso, até que comecei a ver que a quantidade de fumo era cada vez maior e o cheiro a óleo queimado cada vez mais intenso e ouvir o filhote.
- O Papa, a máquina está a deitar fogo! - Constata apavorado o filho.
- Possa, já dei cabo da máquina e ainda faltam tantas traves, estou tramado. - Partilho eu com tristeza.
- Não faz mal, tu és forte e eu ajudo-te! - Diz a rir-se que nem um perdido.
E pronto lá teve de ser com a machada, demorou mais mas correu bem. Resultados 6 carros de mão, cheiinhos de lenha. Que sábado, fantástico!!!

Domingo
Filhote acorda cedo, vem para o meio do pai e da mãe, como é claro, a mãe nem se mexe e o pai fica encostado às "cordas". E mexe e remexe, até que sugeri, irmos tomar café e depois fazer uma surpresa à avó.
- Vamos, vamos - diz entusiasmado, enquanto rainha e princesa, esfregavam as mãos, como quem diz, assim já podemos dormir mais tempo.
Lá fomos nós tomar o nosso pequeno-almoço, ao café da "Sandra". Fui pagar e como é da praxe, o dono do café ofereceu-lhe dois rebuçados, ele come sempre um e depois guarda o outro no bolso e diz que é para dar à mana.
- Agora filho, vamos a casa da avó cortar as sebes?
- Porque é que a avó (bisavó) não corta, papa? - Pergunta admirado.
- Porque a avó tem muito terreno e já é velhinha e não pode fazer tudo!- digo eu de forma sentida.
- Mas aquela senhora que vive na casa do Zé, costuma ajudar a avó. Constata o filhote.
- Pois filho, mas a avó tem de lhe pagar e mesmo assim ainda é muito terreno, mesmo para a avó e a Noémia. Além disso é a avó que nos passa a roupa a ferro, que te faz muitas vezes a sopa e lava a roupa. - Apelo eu ao sentimento.
- Tens razão!  Vamos - diz entusiasmado.

Primeiro passo: vestir roupa de trabalho, luvas, carregar ferramentas: corta-sebes, tesoura de poda, aspirador Black&Decker. Carregámos tudo dentro do carro de mão e lá aparecemos nós por volta das 10horas, em casa da avó que fica a trezentos metros da nossa.
A avó, claro está, ficou toda contente e claro está nós também, principalmente o filhote quando o deixei, com a minha ajuda, trabalhar com a máquina de cortar sebes. Levámos toda a manhã nisto, no entretanto cortámos também algumas flores, ups, mas ficou tudo certinho. O problema foi o resultado do corte era folhas por todo o lado. 
- Filhote, agora temos de limpar tudo porque avó não pode. - Constatei eu.
- Tens o aspirador - Observa brilhantemente, enquanto o nabo do pai, já se havia esquecido.

Bem esta máquina é fantástica em 30 minutos limpou todas as folhas e ramos, espetáculo, ainda perguntei ao filho de queria colaborar, mas como faz um barulho infernal, principalmente quando trilha os ramos, ele achou por bem não se tentar.

Com tudo isto só fomos almoçar às 13 horas.

Depois do almoço, decidi dar uma folga ao rapaz e fui podar as trepadeiras, que havia lá em casa.
Não tive muita sorte com o tempo, porque estava a chover ligeiramente, mas não desisti e fiz um excelente trabalho, podei tanto que consegui carregar 4 carros de mão de troncos, ramos e folhas e consegui ouvir a minha mãe a dizer, "AI JESUS, QUE ME DÊS-TE CABO DAS PLANTAS E FORAM TÃO CARAS".

1 comentários:

  1. A cama tem cola pela manhã :)
    Ainda bem que a princesa também vai na minha onda.

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