Segundo volume de “A Saga do
Assassino” e a mesma qualidade com o entusiasmo e interesse à volta do enredo a
crescer a cada palavra “devorada”.
Este segundo volume,
FitzCavalaria faz-nos viver uma controvérsia de sentimentos entre o que
realmente deve fazer e o que realmente faz ou deixa de fazer.
Por um lado debate-se com o amor
que surge agora na sua vida a questionar um juramento que fez mesmo antes de
ter plena consciência do seu significado. Por outro lado debate-se com as suas
capacidades mágicas para o Talento e a Manha. O Talento através da sua cada vez
mais proximidade com o rei expectante Veracidade, que o usa como arma, e a
manhã através do seu vínculo ao lobo (olho da noite).
O que acho mais interessante é
que as duvidas e mesmo as opções que vai tomando ao longo dos acontecimentos
são exatamente vividas como se estivéssemos a passar a fase da adolescência,
onde tudo é intenso e vivido como se fosse urgente e irremediável.
É de realçar que o facto de ser um bastardo, mesmo
apesar de todas as suas capacidades e provas de lealdade e de coragem, estas só
o tornam ainda mais odiado e visto como um alvo a abater. Os seus únicos amigos
são a sua amada Moli à qual não pode contar os seus feitos nem os seus dilemas,
nem mesmo quais as suas tarefas na torre do cervo, Castro, o fiel “amigo” do
seu pai e a quem foi pedido para que o protegesse, no entanto, este é alguém
que inspira confiança, respeito e até admiração, mas é pouco dado a
sentimentalismo, o que torna a relação muito distante. Depois temos Paciência a
esposa do seu pai, que o vai acompanhando e protegendo através do pouco poder
que tem. Breu o seu mestre nas artes do assassínio e o bobo que lhe vai falando
através de charadas e o vai fazendo pensar. Estas são os seus “apoios”, nem
sempre seguros nem sempre confiáveis e a nenhum deles pode falar e desabafar
abertamente.
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